domingo, 29 de novembro de 2009

You were always on my mind..

Vc estava sempre na minha cabeça, mas vc sabe. Minha mente sempre esteve tão longe.

Muito, mas muito mais longe, do que eu poderia alcançar.

Pequenos detalhes, importantes. Pequenas coisas que eu poderia fazer.

Talvez eu n tivesse tido a coragem, ou a vontade, de tentar.

Nunca tive coragem de dizer o que eu sentia de verdade, vc nunca soube o quanto eu gostei de você.

Mas eu sei que eu não estava pronto, n tinha sofrido o suficiente. Pra mim, faltava muito a ser procurado ainda.

Encontrar a perfeição na hora errada, não me servia de nada.

Eu queria sangrar mais, queria testar o meu limite, e me arrependi qnd atingi-lo.

Vc ainda está na minha cabeça.

Penso em falar algo, penso em pedir alguma coisa. Mas não parece certo.

Certo mesmo parece não ter dado certo, pq eu acho que nunca poderia ser o que vc merece.

Eu sinto falta da amiga que eu perdi, mesmo a amando e imaginando como seria.

Eu não sei se poderia ter a amiga de volta nunca mais, não daquela forma, pq eu sou bom em quebrar coisas.

Até ela, que sempre conseguiu ver dentro de mim algo que eu poderia construir, algo que ninguém mais aprecia ver.

Algo que eu queria tanto que alguém visse, mas não sabia o que fazer com aquilo.

Eu sei que uma parcela enorme daquilo tudo não morreu, ainda mais em noites vazias

como essa, em momentos raros que eu me arrependo dos caminhos que eu escolhi eu sei

que se eu tivesse coragem e merecesse ela poderia recuperar essa parcela.

Mas parece que é assim que tem que ser...


You were always on my mind...
You were always on my mind....
You were always on my mind.....
You were always on my mind......
You were always on my mind...........................

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Meu próximo eu te amo.

O rádio não funciona direito, então é melhor mante-lo desligado.

Difícil encarar o silêncio e o barulho do motor do carro não ajuda em nada.

Com os vidros fechados, é quase como estar parado em uma sala de espera.

Dirigindo em inércia, o caminho percorrido de forma automática.

Os olhos na estrada, sem registrar nada, apenas vendo o avanço iresponsável enquanto o carro acelerada.

Os rostos projetados e as palavras inventadas.

A cabeça um pouco confusa, enquanto os olhos percebem o quanto do caminho já foi percorrido, sem que nada fosse pensado.

Os pulmões se enchem e ar. Os olhos se fecham. O pé pisa um pouco mais fundo.

A coragem dá a mão para a angustia e o carro vai mais rápido ainda.

Os olhos se abrem enquanto o pulmão volta a puxar mais um pouco de ar, o máximo possível.

O carro agora voa levando consigo uma placa de madeira.

Os olhos se fecham com força, decididos.

Enquanto o rio abraça o carro que mergulha em seus braços, deixo o ar sair pela última vez.

domingo, 15 de novembro de 2009

(ELA) Uma questão de escolha

Eu vejo muitas de minhas amigas escolhendo não serem inteligentes, tentando apenas ser o que é importante pra elas, bonitas.

Eu até entendo, ser bonita pode significar sua passagem para uma vida fácil e segura, mas não consigo acreditar que alguém realmente se contenta em apenas ter coisas e não ser nada, em acabar sendo apenas o que pode comprar.

Eu lembro do momento que aconteceu pela primeira vez, ele estava falando sem parar pra variar, me explicando suas teorias e despejando um monte de idéias e pensamentos sobre praticamente qualquer coisa que acontecia, eu podia ver o brilho em seus olhos enquanto ele percebia o que estava prestes a acontecer, foi então que...

Click!


Pela primeira vez na vida eu conseguia perceber algo diferente em alguma coisa, algo que estava escondido lá, feito para que apenas alguns possam perceber, me lembro como me senti bem naquele momento em que eu senti que estava entrando em um novo grupo.

Ele gostava de chamar de “um de nós”, para ele era como uma sociedade secreta que nem seus integrantes sabiam que faziam parte, eram aqueles que lutavam para não seguir a corrente, o fluxo de ovelhas que o que ele chamava de conspiração queria dominar, ele dizia que estava chegando a um novo nível, que com amores e desilusões de sua adolescência ele havia percebido que existia essa espécie de conspiração voltada ao amor, mas que isso era apenas o começo, devagar ele ia percebendo que quase tudo que envolvia nossa vida era guiado pela vontade de um grupo maior.

Ele não sabia dizer exatamente quem, mas sabia que em cada caso havia um guia diferente, um interesse diferente e um rebanho diferente.


Eu ficava maravilhada em ouvir aquilo, meus olhos se abriam junto com a minha mente e me sentia única e valorizada, era como se eu fosse destinada a estar naquele lugar e junto dele desbravar cada mistério da vida e sentir cada sensação possível.

Um filme passou na minha cabeça imaginando como poderia ter sido, só não tinha percebido um detalhe, o inicio de tudo aquilo.

BE HER!

Eu vou contar isso de tantas formas diferentes pra mim mesmo e para os outros quando me perguntarem como foi que aconteceu.
Quando a vi pela primeira vez meu coração gelou de medo, lembro de pensar: Que seja ela, meu deus que ela seja a pessoa que estou procurando!
Acontece assim, não? A gente se mata de pensar e complicar tudo, tenta ser melhor e encontrar uma forma correta para as coisas, mas somos traídos por um simples momento.
Enquanto ela brilhava ao deslizar por onde passava, suavemente o mundo perdia um pouco mais do seu sentido. Não sabia o que estava sentido exatamente, mas eu pulsava e pensava novamente: Que seja ela, meu deus que ela seja a pessoa que estou procurando!
Naquela noite choveu e eu passei boa parte dela olhando a chuva lá fora, as luzes lá em baixo e pensando como eu deveria ser com ela.
Eu estava com um pouco de... Medo. Uma abordagem errada poderia estragar tudo, mas uma abordagem certa na pessoa errada também não serviria pra nada.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Foi ontem...

Ela respira fundo. Estou mais nervoso do que ela. Eu pensei tanto nesse momento, na minha cabeça eu ficaria na frente dela, olhando seu sofrimento e a estrangularia usando os polegares, enquanto ela se vai.
É preciso apenas 8 polegadas de pressão para estrangular uma pessoa.
Mas acho que se ela me olhar, minha coragem irá ser consumida.
Continuo no escuro, tenho certeza que ela não pode me ver, mas pode me sentir.
Neste quarto, eu e ela, é como se fossemos do tamanho do mundo. Continuo andando fora de seu campo de visão e dou a volta por traz dela.
Assim como ela pode me sentir, eu posso senti-la, percebo cada limite do meu corpo, enquanto escuto ela chorar e soluçar.
Ela tenta falar alguma coisa enquanto se contorce amarrada na cadeira. Eu queria tirar a mordaça, mas conversar nesse momento seria pior do que ser visto.
O susto que ela toma ao ser tocada me assusta junto,e ela percebe, sinto-me envergonhado por meu despreparo ter sido percebido.
Minha mão escorrega por seu ombro, e agora a vergonha se vai, passo pelo pescoço até chegar ao outro ombro, meu bíceps esquerdo encosta na garganta enquanto a palma da minha mão esquerda segura meu bíceps direito e minha mão direita vai atrás de cabeça da garçonete. Fecho um mata-leão, golpe de jiu-jitsu que aprendi assistindo TV.
Então aperto.
Não lembro de ela ter lutado ou tentado gritar, só lembro do silêncio, era imenso.
O silêncio tinha um peso gigantesco, era denso. Após cerca de vinte segundos de pressão, uma pessoa comum perde a consciência. Mas parece tão mais que vinte segundos.
Não da para saber quanto tempo eu fiquei ali apertando, não consegui senti-la morrendo, não sabia dizer quando era suficiente.
Senti que ela dormiu. Senti que realizei o momento mágico, que consegui a transição que não consigo a fazer comigo mesmo.
-Durma – Sussurrei em eu ouvido.
A sensação de fazer alguém dormir em seus braços é maravilhosa, senti a energia indo embora. Foi tão pessoal, pele com pele, grudados, por vinte segundos fomos únicos.
Voltei para casa e dormi como não dormia há semanas.