domingo, 23 de agosto de 2009

O Vazio voltou.

Acordei e ele estava me olhando, mas eu segui e ignorei.

Fui comer, começar meu dia.

Vesti qualquer coisa e fui embora, mas ele ficou ali me olhando, me esperando voltar.

Algumas horas do dia eu escutava ele sussurando baixinho na minha cabeça: "Você prometeu...", "Você disse nunca mais".

Eu sabia que quando eu voltasse pra casa ia encontra-lo exatamente na mesma posição que eu o havia deixado e ele iria me encarar da mesma forma de antes.

Mas pra minha surpresa, quando voltei naquela noite, ele estava diferente, me expulsando de casa.

Olhou-me de uma forma, como se não me quisesse ali. Então sai.

Embreaguei-me nas incertezas do mundo. Em desconhecidos e sensações passageiras.

Voltei para casa e passei reto, nao vi como ele estava, apenas fui para meu quarto e deitei.

Fechava os olhos e o mundo ainda rodava, a cama rodava e eu não saia do lugar.

Não vou melhorar enquanto ele estiver aqui dentro, mas não sei como faze-lo ir embora.

Meus dias passam e não me marcam. Eu esqueço minha rotina, por que ela não faz mais sentido.

Não importa o que aconteça, toda hora ele está lá e sempre que eu acordo eu me lembro: O Vazio está de volta.

Faço tudo igual, ou diferente, os dias apenas passam batidos, as pessoas continuam opacas, não importa.

Eu resolvo encara-lo, grito com ele e ele apenas sorri, e me olha com desprezo. Tento atingi-lo, mas não consigo toca-lo.

Mais uma noite eu saio, e o independente do mundo girar ou não, continuo a senti-lo e ver que eles está bem presente.

Uma manhã, já acostumado com o fato de que não consigo mudar ou desistindo de tentar, ele se levanta e me diz: "Me agradeça, não sentir nada, pode ser pior que sentir demais."

Talvez ele tenha razão.


[b]*Ouvindo Tiamat - love as good as soma[/b]

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

One of Us

Existem poucos. Mas alguns sentem algo diferente. Dentro desses poucos, existem menos ainda que se deixam levar por sensações causadas po pessoas que são como nós.


Mesmo não sabendo quem somos, ou ao que pertencemos, seguimos a devira entre os mundos, buscando coisas para nos fazer arrepiar e topando com coisas "normais".

O choque de realidade chega a ser assustador, mas a vontade de decobri não morre, ela se camufla, mas toda vez que você olha pra dentro está lá.

Eu acredito, que esses poucos se encontram, e ajudam uns aos outros a continuar acreditando nisso.

às vezes cansa se perguntar o que estamos fazendo aqui, mas talvez seja muito cedo para saber a resposta.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

VOCÊ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Estava livre de novo, estava como eu queria, como eu deveria ser.
Sorrindo enquanto cruzava a multidão, novamente me sentido como se não fizesse parte daquilo e aquelas pessoas não tivessem a resposta que eu procuro.
Feliz, estava buscando, no meio do caos.
Tentei ter um novo momento de filme, enquanto olhava as coisas de forma diferente, tentando ver alguma cor nova ou um beleza exótica em coisas que eu via todos os dias, queria sentir o filme passar e a música tocando enquanto eu andava pelo mesmo lugar todos os dias.
Então, antes que tudo ficasse igual novamente, que eu começasse a me sentir insatisfeito e voltasse ao ciclo, era chegada a hora deu renascer, fazer algo completamente novo, buscar algo que eu não tivesse pensado até então, buscar algo que talvez ninguém tivesse pensado talvez.
Eu decidi que iria buscar alguma idéia diferente, que iria ver algo que nunca havia sido percebido.
Minha busca agora, não era mais me buscar e não era necessariamente buscar uma resposta e sim criar algo, eu havia feito tanta coisa até aqui e não havia construído nada ao longo do caminho.
Tudo que eu toquei até agora, durou pouco tempo, então pra renascer eu precisava construir algo grande e duradouro, mas que tivesse a minha cara, algo pra chamar de meu.

domingo, 2 de agosto de 2009

Grito silencioso.

(Não faz parte do livro, se for comentar deixe seu contato, obrigado.)

Junto com meu cabelo, foi-se o que eu mais amava na vida.
Aquela sensação do vento me levando junto com ele. Que eu não consigo sentir agora que ele se vai.
Eu era imortal e aqueles momentos pareciam durar pra sempre.
Eu imaginava como meu futuro seria e não havia motivo apra olhar para traz.

Meu cabelo se vai, junto com meus sonhos e com o que eu imaginava que seria.
Enquanto ele cai, eu sei. Estou morrendo.


Eu não junto os fios, ou fico pensando neles enquanto eles se vão, mas parece que eles me procuram. Eles fazem questão de mostrar que estão indo embora, e quando não são eles, é o espelho.

De uma forma ou de outra, toda hora tem algo para me fazer lembrar e lamentar o que já se foi.
Tenho saudade de algo que não sou mais e que provável nunca vou ser e meus erros irão me assombrar até os últimos dias.

Não consigo viver mais durante nenhuma noite, enquanto o mundo lá fora dorme em silêncio, minha cabeça faz um barulho ensurdecedor, meus pensamentos brigam entre si, minhas memórias mudam conforme a minha vontade, tento mudá-las para que os erros não se repitam.

Queria que tanta coisa não tivesse acontecido, queria ter sido melhor para ter percebido. Mas não pude, não consegui. E agora tudo aprece uma estupidez enorme.
Como eu deixei acontecer e não vi o tempo passar, ao ponto deu estar aqui, completamente esvaziado de quem eu já fui um dia.

Não aguento o barulho aqui dentro de mim, quero que algo mude então abro a janela e tento escutar o mundo. O vento entra e novamente eu lembro.

Não sou mais a mesma pessoa, e agora ao invés dele se juntar à mim ele apenas passa indiferente, como se eu fosse um mero desconhecido.

Eu sei que não vou conseguir dormir nas próximas horas e que o silêncio trará todos os barulhos do mundo de volta. Então eu preciso fazer algo que eu não vá me arrepender depois...