sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Time

Sexta à noite.

Não sinto a falta.

Estou vivo, mas é isso, apenas estou vivo.

Tanto faz.

Só quero que o tempo passe sem mudar nada, não sinto nenhuma necessidade de mudar.

Houveram tantas e tantas vezes que eu desejei algo diferente, uma saída.

Mas não agora.

Todo mundo é ninguém.

As risadas foram ficando escassas e as vontades foram passando.

Primeiro foi a bebida, depois o sono. Agora é você.

Não sinto como se nenhum dos três fossem necessários.

É tão confuso, coisas que estiveram tão presentes na sua vida, agora parecerem que nunca existiram.

Ando pelo apartamento vazio para estica rum pouco as pernas, mas volto sempre para a varanda, consigo ver gente dali.

Mas sempre em uma ótima distancia para que eu não tenha que ter nenhum tipo de contato com elas.

Estou voltando ao normal, mas preciso que o tempo passe, preciso que ele me leve daqui na hora certa.

E ninguém pode ajudar agora, eu não quero ninguém e não sinto como se pudesse ter.

A preguiça pode ser disfarçada com tantas coisas e não estou mais preso a nada.

Não estou mal, apenas preciso que o tempo passe.

E quando passar, por favor, feche a porta.

Um comentário:

Gabi (do msn!)rs disse...

Merece um comentário, só pra deixar claro que eu me leio em certas coisas...

"Ando pelo apartamento vazio para esticar um pouco as pernas, mas volto sempre para a varanda, consigo ver gente dali.

Mas sempre em uma ótima distancia para que eu não tenha que ter nenhum tipo de contato com elas."


(Não tem forma melhor!)