sábado, 20 de fevereiro de 2010

I dont wanna grow up

Não quero muito, quero apenas pra sempre.

Quero que fique igual, simples e divertido.

Quero esperar o próximo fim de semana com frio na barriga e quero que a segunda seja lenta e preguiçosa.

Se eu pudesse, ficaria preso pra sempre aonde estou.

Não quero deixar o cinza entrar aqui, já que eu ainda vejo algumas cores.

Deve ser por isso que me recuso a crescer e que tenho medo.

Assim que eu assumir que acabou, estarei começando a morrer.

Ninguém nunca morre de verdade quando é criança, não pelo menos como a criança que eu fui.

A criança que eu ainda tento ser.

Eu não quero crescer, quero ser o Peter Pan moderno.

Preso às assombrações pops e às expectativas do tempo passando.

Não vivi me preparando pro tempo passar, ele só passou e não percebi.

Não quero ele de volta, quero apenas que ele me dê mais uma chance.


Não me deixa crescer, por favor.

Um comentário:

Marina Wolff disse...

Impossível não pensar no presente já como passado, e para ajudar, ou melhor atrapalhar, acontece tudo muito rápido, na maioria das vezes parace que aceleraram tudo, e aquilo que parecia que duraria tempo suficiente para se tornar imortal, se torna apenas uma lembrança bonita, e nessa hora a única coisa reconfortante é o fato de que ao menos vivemos aquilo, e o mais interessante é que se não se tornasse passado jamais atribuiriamos significado tão importante, jamais sentiríamos a sua falta e esse medo da mudança, o belo em tudo isso é que a perda nós faz amar com significado, e não apenas como lembrança.