segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Confissão


Minha Querida,

Não me resta muito, além de confessar o que fiz.

Meu corpo dói, mas não é uma dor física.

Com a voz rouca de tentar, em vão, me justificar e a boca seca de tanto chorar.

Escrevo.

Não foi uma, nem duas, nem três. Foram muito mais que isso.

Era como uma avalanche, depois que começa, fica maior e maior.

E não sentia que podia parar.

Eu pensava em você todas as vezes, de formas diferentes, a maioria envergonhado.

Contava mentiras pra elas e pra você.

Parece que a mentira nunca pode ser unica, ela sempre acaba compartilhada.

Nunca pensei que eu seria um mentiroso, nem um traidor. Após descoberto, sou.

Não há anda que eu possa dizer ou fazer nesse momento.

E tento entender se dói mais ser descoberto ou ter te machucado.

Realmente nunca pensei que eu seria uma pessoa desse tipo.

Não quero seu perdão, não posso pedir perdão por ser humano e cometer erros.

Por ser fraco e covarde.

Você nunca é nada de ruim, até acabar se tornando.

Posso ter mentido, mas com você eu fui de verdade. Não fomos uma mentira.

O tempo vai apagar, a mentira e talvez as verdades que vivemos.

Mas eu precisava te dizer, que minha dor é do tamanho do mundo.

Do tamanho do meu egoísmo.

Vou entender se você nunca me responder, eu não responderia.

5 comentários:

Kelly Rufino disse...

Eu gostaria de saber de verdade se um traidor se sente mesmo assim! Seja a traição como for.
É assim mesmo ou finge ser?

Anônimo disse...

você mandava(manda) bem em redações?

RenanFlud disse...

mandava mal em redações no colégio haha

Anônimo disse...

portanto evoluiu.
leio sempre que posso seus posts, parabéns

@kikiiziinha disse...

uma confissão gostosa, até quando a verdade doi ela tem uma pontinha de coisa gostosa.. adoro confissoes.. pena q são raras!kk ;P