quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Idealização

Não consigo sentir o que quero.

Talvez por não conseguir explicar exatamente o que quero sentir.

Apenas imagino como quero sentir ou o que espero, mas a idealização sempre sai errada.

Deve ter algum detalhe que eu ainda não percebi.

Sou eu que me saboto?

Já não me sinto um renegado, não sei se estou exatamente correndo contra a corrente como fazia antigamente.

Agora tudo parece mais natural, muito mais espontâneo.

Algumas das vezes, parecem que estão realmente do meu lado, mas quando percebo isso, percebo também que este é exatamente o lado que eu não quero estar.

Eu acho que todo mundo acaba idealizando as coisas, mas estou me tornando uma vítima disso.

Esperei tanto tempo, joguei tantos jogos, usei tantos tipos de máscara que agora estou preso nisso tudo.

É como se cada um desses elementos fizesse parte de mim, e uma parte importante, porque não consigo me livrar deles de forma completa.

Então, me prendo novamente na fantasia, porque a realidade não me convém, como sempre.

Idealizando, poderia dizer me enganando, seria muito mais honesto.

Agora, estou com os olhos bem abertos e quase não existem mais muralhas, não que elas não sejam boas, já que nos defendendo é que nós aprendemos a atacar tão bem.

Estou pronto, pra sofrer o que quer que seja.

2 comentários:

Kelly Rufino disse...

Uma coisa que sempre ouvi, e vi esses dias no Dexter também, mas já conhecia há tempos é que se idealizarmos e até fingirmos sentir por algum tempo, talvez se torne realidade.

Interessante esse texto seu. Tenho vivido muito disso ultimamente.

Parece que já vivi todas as emoções do mundo e não me restou mais nenhuma. Agora é só vazio.

Kelly Rufino disse...
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