domingo, 20 de setembro de 2009

O colecionador de corações continua cantando...

Eu nunca matei ninguém, mas eu sei como eu me sentiria.

Pra esquecer, eu tive que matar dentro de mim.

A sensação não deve ser muito diferente.

Assim como eu imagino os assassinos, as vítimas te assombram.

Você lembra delas andando no meio da rua, ou parado pensnaod na vida.

Conversando com alguém surge alguma lembrança, ou uma imagem na tv, até um som pode ser o gatilho.

Algumas delas eu tenho que matar todos os dias, outras simplesmente descançam em paz.

Eu precisava de um tempo de todas elas, mas esse tmepo seria um desperdício.

Eu também precisava de um tempo das regras, mesmo me sentindo injustiçado quando elas são desrespeitadas comigo.

Eu continuo querendo fazer as minhas próprias.

A parte boa, é que cada uma delas tem algo interessante, cada uma tem um gosto, um jeito, um cheiro diferente.

Mas essa é a parte ruim também, já que essa diversidade me confunde e me tenta.

Dentro de mim, elas vivem por pouco tempo, as vezes até a próxima aparecer, as evzes enquanto ainda estou do lado delas.

Eu não sei dizer quais morrem sozinhas ou quais eu tenho que matar, o que eu sei é o tempo leva todas embora e me leva embora também.

Por quanto tempo agora?

Eu fico imaginando matar alguém de verdade.

Será a sensação a mesma? Mas tenho medo de arrisco e brincar com o fantasma.

Pode ser muito pior que a sensação.

Mesmo eu não matando ninguém de verdade, sou uma espécie de serial killer, todos somos.

Quando queremos esquecer alguem de verdade, precisamos matar essa pessoa dentro de nós.

Matamos inocentes e culpados, e por algum motivo, nesse tipo de assassinato só lembramos dos culpados.

Um comentário:

Unknown disse...

aee renan!!! adoro o jeito que vc escreve!!! quando sair o livro quero um!!! autografado! hahaha