quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Prisão de vidro

exausto das imagens

preciso dar um jeito de arrancar de dentro de mim o desespero, tudo que não quero sentir mais.

tranquilo e se arrastando.

as luzes piscando e os sorrisos de mentira, mesmo quando não são fingidos parecem forçados.

o tempo passa e eles não mudam, mas eu nunca estou neles.

sinto falta de não ter uma história, mas saber as dos outros.

sinto muita falta de não viver minhas próprias histórias, mesmo estando nelas.

tento sentir como é viver lá fora, mas mesmo assim, vejo muros.

as noites são recheadas de medos e imagens.

e as ideas se misturam com sonhos e devaneios.

os sons já não me fazem vibrar e por mais que eu durma, não consigo descansar.

eu podia fazer o que eu quisesse nesse momento, podia mesmo.

podia parar de perder tempo e contar histórias que ainda não aconteceram, comigo.

que curva eu fiz errada?

as memórias se misturam com as mentiras e ambas perdem o significado

mas as vontades permanecem guardadas.

5 comentários:

Kelly Rufino disse...

E As vontades guardadas que destroem, bem aos pouquinhos...
Queria um pouco da sua inspiração =/. acho que vou resgatar alguns fantasmas, os bons.

Augusto Barros disse...

Gostei bastante do texto e do blog! Sigo!

Anônimo disse...

uma boa ligação com os soterrados no Chile e o Mito da Caverna de Platão.

Você não sabe o que se passa lá fora, logo cria idéias e imagina tudo o que pode.
Sente medo, saudades,está preocupado.

RenanFlud disse...

fala pra vc q eu nunca li o mito da caverna, mas pelo que eu ouvi da história pode fazer sentido :P

Anônimo disse...

sim faz todo sentido.
a única diferença é que eles apenas imaginavam o mundo, ou seja, jamais haviam vivido a realidade.