sexta-feira, 25 de junho de 2010

Eu poderia ficar ouvindo os barulhos que ela fazia pela casa para sempre. Morreria feliz.

Ia além da satisfação ou do amor que eu sentia por ela. Tudo era tão singelo e autêntico.

Com os olhos fechados, o dia nascendo e o sábado acontecendo. Aqui dentro.

Podia ouvir você derrubando algo na cozinha. Me despertava um sorriso bobo no canto dos lábios e uma risada quase muda.

Podia imaginar sua cara abaixando para pegar, seja lá o que fosse.

Minha cama tinha um cheiro novo com você aqui. Fazia sair dela, ficar mais difícil ainda.

Podia imaginar que nesse momento você comia alguma coisa e imaginava como você estava sentada, se seu cabelo estava caido para o lado ou apenas bagunçado.

Depois, seus passos voltando para o quarto, meio apressados. Era melhor que música.
A porta do banheiro batendo e alguns intermináveis segundos de silêncio.

Até a aguá começar a cair, e eu imaginar seu corpo. Seu calor.

Eu queria entrar lá, mas sabia que não havia tempo. Alguns minutos se passaram e quando vi você sair.

Enrolada na toalha, o cabelo molhado eu poderia olhar pra você pra sempre. Morreria feliz.

Ia lembrar sempre do seu cabelo. Iria sempre ansiar pela sua pele.

-Tenho que ir trabalhar.



Sua voz...

Depois do beijo de despedida e de ouvir você deixando meu apartamento, eu não podia acreditar o quanto eu estava te amando. E só havia percebido naquele momento.

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