domingo, 31 de janeiro de 2010

The New Drug

A cada toque, a cada barulho, cada maldita sensação.

Eu só pensava nela, e ignorava totalmente quem estava comigo, como um simples objeto que só me fazia lembrar dela.

Depois de tudo, mal consigo olhar para aquela outra garota, aqueles minutos são horríveis e ainda tenho que levar ela embora, já disse tudo que tinha que dizer e infelizmente consegui o que eu esperava, agora é hora de ir e guardar o fingimento pra próxima. Pensar tudo de novo, nas mesmas porcarias, nas mesmas mentiras, nas mesmas máscaras.

Enquanto a noite clara passa, fico tentando decidir se estou certo ou errado.
Exploro-as como objetos com sentimentos, tentando parecer tudo que elas desejam e elas vão embora satisfeitas, vão embora com um sorriso no rosto.
E eu?
Quero me livrar desse cheiro, dessa angustia, me livrar da memória dos beijos, dos
sorrisos e das mentiras. Tento ignorar a negação, mas não consigo. Nada me faz esquecer o que eu sou, porém o que sou eu?

Apenas sei que sempre estou sendo sincero e depois tudo acaba soando como uma mentira inconseqüente, guiada por algo que não controlo. Meus instintos me revoltam.

Então decido que estou certo, minto sinceramente pra elas, mas sou verdadeiro comigo mesmo.
Cada mentira me leva pra mais perto de você, cada vez que sinto nojo do que estou fazendo, estou ficando mais preparado, para nunca mais ter que fazer isso.

Um comentário:

Unknown disse...

mentira pensada passando por inocente e inconsequente! já tinha lido esse texto, um dos meus preferidos..

to postando com outro login por preguiça!
[ www.whatigive.blogspot.com ]

beijos