domingo, 3 de outubro de 2010

Não olhe para trás!

Eu tenho medo do que eu digo.

Na verdade tenho mais medo ainda no que eu disse recentemente.

A experiência já me provou que o que eu digo hoje acaba parecendo uma grande tolice amanhã, que a contradição anda de mãos dadas com as mudanças que eu proponho.

Talvez pelo fato de que até aqui eu não tivesse um plano realmente claro pra mim, ou por que eu queria apenas me manter à deriva do que eu julgava comum.

Só que o comum muda, o diferente evolui ou regride e faz você se sentir um completo idiota.

Preciso colocar uma pedra no caminho e deixar pra trás o que passou.

Não estou dizendo pra esquecer o passado, mas é preciso deixá-lo descansar por um tempo, respirar enquanto você absorve as mudanças que estão acontecendo.

Decidi ignorar tudo que eu havia desperdiçado até aqui, inclusive o tempo, e me dedicar à alguma idéia nova, algo que fosse me tirar desse buraco.

Decidi que encontrar alguém novo, fosse comum ou extraordinário, tanto faz, mas que precisava acontecer naturalmente.

Quando eu saia a noite buscando os mesmos prazeres que todo mundo, ou quando cruzava o olhar timidademente com alguma desconhecida sob a luz do dia, eu fazia o que sempre havia feito, porém sentia como se dessa vez pudesse fazer diferente, como se pudesse analisar melhor cada situação e não fugir simplesmente por fugir.

Acho que agora sim eu estava aprendendo com o passado.

Um comentário:

Kelly Rufino disse...

Incrível como estava pensando sobre isso hoje, voltando pra casa.
em como eu evoluo e regrido com o passar do tempo.

Passado é muito difícil de se deixar pra trás, principalmente como ele machuca.

E já percebeu que tudo gira em torno de pessoas. Como você citou, encontrar alguém novo... Por mais que seja apenas o escritor falando e não sua essência, ainda assim tudo gira em torno das pessoas.

Nós procuramos a nossa satisfação nas pessoas.

Pensei sobre isos hoje, e me fez mal.


http://letrasdoabismo.blogspot.com/