
Chamo de amor de faisca.
Faisca, pq queima muito rápido e na maioria das vezes não da tempo de você perceber.
Os amores vão brilhando e sumindo, vão fazendo pequenos estalos assim que se apagam.
Num suspiro, não estão mais dentro de você e quando inspirar não da pra saber o que irá retornar.
É como uma viagem que você dormiu no caminho e só percebe que chegou, mas não viu como.
E acaba.
Eu posso garantir que nunca escolhi o fim deles, que nunca decidi quando iria parar de sentir.
Mas assim como as faiscas, é rápido e intenso e some antes que você consiga observar algum detalhe marcante.
Tentei juntar todas as faiscas e formar uma fogueira, tentei iluminar meu mundo com elas, juntei com todas as forças até ficar bem claro e cegar a minha visão.
Por alguns segundos o fogo foi intenso, mas foi morrendo... apenas uma pequena fagulha continuou acessa.
Ela se mantém tímida e com quase nenhum destaque.
Não sei o que fazer com essa fagulha que sobrou, pois sozinha ela não consegue fazer aquele fogo renascer, por mais que eu tente.
Descobri que brincar com fogo, não é tão perigoso quando você consegue controla-lo.
Mas a graça está em perder o controle e quanto mais quente vai ficando é mais fácil se queimar.
Um comentário:
E quando queima, queima mesmo.
O ruim é quando não é só faísca. E quando é e ainda asism incomoda.
Seus textos estão metáforicos ultimamente. Ta ficando bom isso!
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